ARARI
Arari! Arari!
Há uma lesma
grudada na epiderme da manhã
olhando o tempo a bubuiar no rio
Onde boiam lembranças de Dalcídio
ao lado de saudades de Giovanni
Arari! Arari!
Onde as araras
que entre penas e ais ora carregas
no ninho tipitinga da memória?
Onde canta, Arari, a cachoeira
oculta entre pedras e barrancos
da pauta (i)navegável do teu nome?
Arari! Arari!
Hoje, entre brumas,
envolto em véus de sonhos e lembranças
aguardo a chuva visitar teus campos
vitalizando as flores do devir
Autor: Antonio Juraci Siqueira, poeta marajoara.
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