Da janela da minha palafita, sinto em meu rosto, um vento frio e um borrifo chegando, entrando pelas brechas das tábuas e na cumeeira assoviando, folhas no céu fazem corrupio, é mais um inverno que está chegando, a chuva cai sobre o telhado da casa, e aquele cheiro de verão se evaporando, as montarias na beira do rio no banzeiro vão se aconchegando, o algodoeiro entranhando na "terruada" ainda resiste, e o "juquirí" vem se fechando, um degrau da escada já foi pro fundo e o limo esverdeando, o mururé lambe o esteio da casa, como se estivesse a sua saudade dele matando e o aruá deixando sua ova cor-de-rosa, no esteio da palafita "bubuiando", agora tudo é água, do jirau me vejo nela, a minha alma cabocla nesse instante se revela. Autor:Giovanni Gama |
Parabéns pelo o blog, está otimo o tópico. Adorei!
ResponderExcluirObrigada pela visita!
ExcluirVolte sempre!