“A natureza está secando”: quilombo no Marajó vive impactos do arrozal e clima de violência

SEJAM TODOS BEM-VINDOS!

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Glorioso São Sebastião do Marajó: FELIZ ANO NOVO!

Glorioso São Sebastião do Marajó: FELIZ ANO NOVO!

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Feliz Ano Novo!


terça-feira, 24 de dezembro de 2013

O NATAL DOS SACIS

O NATAL DOS SACIS

Nesta noite de Natal,
diferente claridade
Brilham todas as estrelas
com muita simplicidade
Sacimeiga e Sacisperto
chamam todos mais pra perto
pra ver essa novidade

Na árvore de acerola
o abraço dos pirilampos
ilumina a lembrança
do amor e seus encantos
O nascimento do menino
o Jesus tão pequenino
inspirando acalantos!
*
Autora: Clarice Villac
Desenho: Vlad Camargo

FELIZ NATAL | São os votos do Movimento Marajó For...

Movimento Marajó Forte: FELIZ NATAL | São os votos do Movimento Marajó For...: Sumano@s,  Avançamos em 2013 com nosso TRABALHO em prol do MARAJÓ e da EDUCAÇÃO em nossa região. Sabemos que o APOIO , UNIÃO , DE...
Marajó Forte

sábado, 14 de dezembro de 2013

CABOCL@RTES 59

CAMPONESA - óleo sobre painel 30x50 com flores espatuladas
*
Para você trago flores,
amarelas cor do trigo;
posso perder mil amores,
mas jamais um grande amigo!

*

CANTIGAS DE CAMPONESA de Dáguima Verônica de Oliveira, poeta mineira de Santa Juliana, professora de História e apaixonada pelas letras, seja em prosa ou em versos.

CABOCL@RTES 58

LUA SOBRE O MAR - óleo sobre tela 12x22 (mini tela)
*

WALDEMAR HENRIQUE

Quando a "Lua sobre o Mar"
Mira a face prateada,
Ouço o noturno cantar
Na "Alcova Azul" da enseada.

"Fiz da vida uma canção"
E "Hei de morrer cantando";
Quem canta a própria ilusão,
Vai outros sonhos ninando!

Autor de "Tamba-Tajá",
Pelas teclas do piano
Ele cantava o Pará
Com talento soberano!
*
Do livro GITOS - Textos breves: Poesia & Prosas de ALFREDO GARCIA-BRAGANÇA, paraense nascido em Bragança, é escritor, jornalista, radialista e professor de ensino superior. Publicou 24 livros, 22  individuais e 2 em parceria: um com o poeta Ronaldo Franco e outro com o contista H.G.Neto, filho de Garcia-Bragança.

CABOCL@RTES 57

OCASO - óleo sobre tela 12x22 (mini tela)
*
O Sol se põe... anoitece...
o rio entre pedras corre
e o vento reza uma prece
por mais um dia que morre.

*
Clave de Sol - Trovas Prosopopeicas de Antonio Juraci Siqueira, o nosso poeta marajoara, de Cajari - AFUÁ, professor de Filosofia, oficineiro de Literatura, performista e contador de histórias. Possui mais de 200 premiações literárias em diversos gêneros,nacional e local. Visite o blog do boto: http://blogdobotojuraci.blogspot.com.br/

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

CABOCL@RTES 56

Bolsa confeccionada em lona crua, tamanho 35x40cm, forrada, bolso interno, pintada manualmente cerâmicas marajoaras. Detalhes com motivos marajoaras em ponto corrente.
*
MOTIVOS ORNAMENTAIS DA CERÂMICA MARAJOARA - Tenho o prazer de lançar esta publicação sobre "O Nosso Museu do Marajó", uma coletânea de motivos ornamentais, um manual prático, com finalidade específica de abastecer, com nova inspiração, o artesanato paraense. Qualquer  observador, até o mais superficial, pode reparar que atualmente, o nosso artesanato ficou amarrado a uns poucos motivos, mil vezes repetidos, já manjados e desgastados. O artesão quer sair da rotina e tentar novos caminhos, muitas vezes apela a uma criatividade nem sempre ortodoxa,mais inspirada aos ideogramas das línguas orientais do que ao estilo marajoara.
Com esta publicação pretendo preencher esta lacuna, trazendo ao público uma rica seleção de motivos originais, reprodução fiel de peças autênticas marajoaras. (GIOVANNI GALLO)

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

CABOCL@RTES 55

MIBARAIÓ - Óleo sobre painel 40x60

LUGAR DE SONHOS
Edinelson Martins de Castro

À margem do rio formoso
Há um lindo paraíso
Há um pássaro viçoso
Que nos traduz canto e riso

Há paz naquele lugar
E acordes tão contentes
Qual sinfonia sem par
Fluindo suavemente

Por lá não há nostalgia
Nem guerra, nem fome, nem dor
Há somente harmonia
Que nos completa em amor

Transbordando corações
da foz do rio a nascente
Límpidas águas canções
Por sonho real presente

Que nos envolve solene
Qual louvor a liberdade
Como júbilo perene
Que expressa felicidade

Tece o canto passarinho
Vêm doces águas bicar
Faz do canto em flor, teu ninho
No paraíso teu lar

Canta teu canto contente
Pois teu cantar é magia
Na margem divinamente
Do rio se faz poesia
*
Do autor da poesia: Nasceu na localidade Oriente, município de Ponta de Pedras, é cabo da Polícia Militar, escritor, poeta, artesão e pintor.
Vem lutando há muitos anos junto à comunidade no sentido de  arrecadar fotografias, documentos e objetos antigos para, no futuro, criar o Museu de Ponta de Pedras.

CABOCL@RTES 54

Mochila em tecido lona crua, forrada, bolso interno, pintada a mão e medindo 41 x 43 cm

Em homenagem ao Grupo de Carimbó SANCARI.

O santo carimbó "SANCARI", nasceu de uma brincadeira de rua,com alguns de seus integrantes, na Passagem Álvaro Adolfo no Bairro da Pedreira no ano de 1996, em Belém-Pa.
Tocavam de tudo. depois resolveram formar um grupo tocando apenas o carimbó de raiz, pois era o que predominava, e desde então vem lutando para preservar e divulgar a nossa cultura. O legítimo carimbó pau e corda, é a expressão máxima da cultura paraense.
Foto SANCARI

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Meio Ambiente, Açaí e Farinha: Reino Marajó

Meio Ambiente, Açaí e Farinha: Reino Marajó:     Foto: Instituto Peabiru.  http://peabiru.org.br/multimidia-2/galeria-de-imagens/viva-marajo/#jp-carousel-995                       ...

sábado, 26 de outubro de 2013

CABOCL@RTES 53

A PRAIA - Óleo sobre painel 40 X 60

Velha Pobre, Praia Verde

Estou deitado,
E a Velha Pobre
Me observa,
Medita,
Conclui
Que na metade da vida
Eu tenho ainda escondidas
A fé, a esperança e a crença
Que as fendas encerram
Uma maré e começam
Uma bela Praia Verde
Pequena em mil
 Praia Verde,
Pequena em mil
Extensões
Como olhando longe
Mil horizontes
Você me entende?
Eu falo de mil
Praias Verdes

O Amazonas
Empurra a gente
Para encontro
Tímido à pedra
A Velha Pobre segura
Mesmo que cause fissura
Pra parar, olhar e sentir
Que a agonia dos dias
Aqui eu nunca sentiria
No vento da Praia Verde
Pequena e infinita
Impressões
Como nascer sempre e sempre
No merecer
Você me entende?
Eu falo de infinitas
Praias Verdes

Praias
 Verdes

Autor: Carlos Augusto Pantoja Ramos, paraense, nascido em Portel, registrado em Belém e criado no Jari.

domingo, 20 de outubro de 2013

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

terça-feira, 15 de outubro de 2013

ARGUIDÁ - Ezequias Moreira da Silva, poeta marajoara


ARGUIDÁ
Ezequias Moreira da Silva


o tar do arguidá
num selvi só p'amassá
açaí bacaba patauá

selvi pa fazê paçoca
guardá goma de tapioca
farinha de mandioca

selvi pa guardá tucupi
azêti de pacaxi
farofa de piracuí

e até cárni sargada
sardo da lida:
FARDO DA VIDA!
*

Do autor: EZEQUIAS MOREIRA DA SILVA, nasceu na cidade de Portel - PA no dia 21 de Janeiro de 1968. É o segundo dos oito filhos do pequeno comerciante José Maria da Silva e da professora Maria Moreira da Silva, é casado com a professora Lene Resende. Formado em Letras pela UFPA e Pós Graduando pela mesma entidade no Curso de Especialização em Língua Portuguesa: Uma abordagem Interacional, já trabalhou como professor nos municípios de Portel, Oeiras do Pará e, atualmente trabalha em Bagre. Além de poeta, é músico e pintor  e já participou de alguns concursos de música evangélica, sendo premiado em alguns. Sua participação na III ANTOLOGIA LITERÁRIA DO MARAJÓ, é a realização  do grande sonho de ver suas obras publicadas em um veículo de circulação maior.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Vila de Jenipapo - Santa Cruz do Arari - Marajó

Vila de Jenipapo - é a maior vila do município, os moradores vivem três períodos bem definidos que são: seca, cheia e lama, as casas são todas palafitas, construídas quase todas de madeiras.
O nome JENIPAPO, significa fruto das pontas, nome tupi-guarani.


Da janela da minha palafita, sinto em meu rosto, um vento frio e um borrifo chegando, entrando pelas brechas das tábuas e na cumeeira assoviando, folhas no céu fazem corrupio, é mais um inverno que está chegando, a chuva cai sobre o telhado da casa, e aquele cheiro de verão se evaporando, as montarias na beira do rio no banzeiro vão se aconchegando, o algodoeiro entranhando na "terruada" ainda resiste, e o "juquirí" vem se fechando, um degrau da escada já foi pro fundo e o limo esverdeando, o mururé lambe o esteio da casa, como se estivesse a sua saudade dele matando e o aruá deixando sua ova cor-de-rosa, no esteio da palafita "bubuiando", agora tudo é água, do jirau me vejo nela, a minha alma cabocla nesse instante se revela.
Autor:Giovanni Gama





*Fotos de Giovanni Gama



sexta-feira, 20 de setembro de 2013

CABOCL@RTES 52

Lua Cheia - Óleo sobre tela 50 X 90

*Em noite de lua cheia, muitas lendas pra se contar, uma delas vale lembrar: Matinta Perêra!

MATINTA PERÊRA
Lúcio Sarmento

Cuida homem incauto,
Com as noites de lua cheia!
Noite calma, visagenta!
Vem surgindo no horizonte
Horripilante feiticeira
Gargalhando sua fúria.
É a Matinta Perêra!

O assobio assustador
Faz o sangue gelar na veia!
No peito do viajante
Grande temor desencadeia.
O rosto traz encoberto
Por aviltante cabeleira.
Unhas grandes, vestes negras.
É a Matinta Perêra!

Voa por sete cidades.
Um horror, macabra, feia...
Ataca sem dó, nem piedade!
Em noite escuras vagueia.
Chega sem dar uma chance.
Ataca! Amedronta! Ligeira!
Espanca o pobre coitado.
É a Matinta Perêra!

Aqui tem lendas; visagens
Quem conhece não bobeia,
Foge da Mula e do Toco,
Do Pretinho da Bacabeira.
Corra do Boaventura!
Não duvide! Não é brincadeira!
Mas, da que mais eu tenho medo
É da Matinta Perêra!

*
AUTOR: José Lúcio Sarmento Alves, nasceu no dia 17 de Dezembro de 1965, na Fazenda Paraíso, no município de Salvaterra - Marajó - Pará. É formado em Letras e Artes, pela UFPA. É professor de Literatura e Artes na Rede Estadual de Ensino. Reside na cidade de SOURE - Marajó. É escritor contista, poeta, compositor e dramaturgo. Em 1995, fundou o GRUTEMA - Grupo de Teatro Marajoara - onde atua, dirige e escreve peças.Em 1996 foi Menção Honrosa no IV concurso de contos da Região Norte, realizado pela UFPA, participando da Antologia II Contista da Amazônia. Em 2002 ajudou a fundar o Clube do Poeta e do Escritor Marajoara - CPOEMA - do qual foi presidente. Em 2007, o Clube lançou sua primeira antologia.Compôs o hino do município de Soure,, escolhido em concurso. Recentemente teve seu livro de poesia Na Lira Plangente lançado pela Corpos Editora, que publica novos autores em Portugal. Possui obras inéditas à serem publicadas, como: A Lenda do Vaqueiro Boaventura(conto); Na Teia da Fé(romance policial); O Dono do Destino(poesia); Wlad, o Imperador(infantil); Um Rei para Akimera(infanto-juvenil); Mutant World(fan fic).

sábado, 7 de setembro de 2013

CABOCL@RTES 51

INVERNADA - óleo sobre tela 20 x 40 - releitura de uma foto de Hely Pamplona, RIO DE MATO.

* No inverno os campos do Marajó ficam alagados, onde corriam os cavalos, somente canoas empurradas com varas deslizam sobre as folhagens à flor d'água.


Zezinho Viana, artista da terra, retrata muito bem neste trecho de  sua canção Invernada Marajoara:

"Numa canoa pequena
nos campos vou navegar
não vejo mais terroadas
só um imenso e vasto mar

Com a folhagem à flor d'água
varas que vão empurrar
belas vistas apuradas
para poder contemplar"

CULTURA MARAJOARA: HIDROVIA DO MARAJÓ VS. ECOVIA TRANSMARAJOARA

CULTURA MARAJOARA: HIDROVIA DO MARAJÓ VS. ECOVIA TRANSMARAJOARA: Amazônia Marajoara, ocupando a cabeça iluminista da tecnoburocracia do Brazil, é uma "ilha" com IDH de fazer corar um frade de pe...

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

CABOCL@RTES 50

PAIXÃO CABOCLA - Óleo sobre tela 40 x 90 com detalhes em motivos da cerâmica marajoara. Homenageando Dona Onete , a diva do carimbó chamegado, marajoara, nascida em Cachoeira do Arari, gravou seu primeiro CD aos 72 anos e é só sucesso.

PAIXÃO CABOCLA
Toda vez que eu vejo você
o meu corpo se desloca
nas ondas da Pororoca
depois o meu corpo desliza
nas correntezas do rio
nas águas de fevereiro
nas águas de março
nas águas de abril
mas eu não sei
se é amor ou desejo meu
eu só sei que está no meu corpo
está na minha alma
no meu pensamento
me roubando a calma
ao te ver eu fico louca
a minha paixão é cabocla
te desejo numa esteira
na mangueira, no tupé
no leito de um igarapé
em uma canoa quebrada
ai! ai! ai!
eu estou apaixonada.
*
Ionete da Silveira Gama é seu nome completo, foi professora de História e Estudos Paraenses, organizou grupos folclóricos, cordões de pássaros, etc... é compositora de inúmeras canções, esta da homenagem, é uma delas.
*



segunda-feira, 5 de agosto de 2013

CABOCL@RTES 49

PASSARADA - Óleo sobre tela 24X30

MARAJÓ
Tuas paisagens fantásticas
de qualquer olhar vem a contemplação
ilha mistério, fantasia
cercada de fascinação.
No crepúsculo da manhã
a beleza no alvorecer.
Marajó lugar de encantos
terra boa pra se viver.
Ouvi-se um grito ao longe
do vaqueiro que laça a boiada,
em teus lagos, campos e matas
a beleza da passarada
Marajó,
surtes efeitos na nascente da aurora
que dá vida a este teu povo
e em tua fauna e flora.
Marajó,
fontes pra muitos de admiração
pois teu sol nos ilumina
e Deus abençoa este pedaço de chão.
*
Autor:
André Luis Silva Nascimento, marajoara nascido em Caju-Una no município de Soure, participou da IV ANTOLOGIA LITERÁRIA DO MARAJÓ.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Interfaces Culturais: Uma emocionante crônica de Drummond sobre o Marajó...

Interfaces Culturais: Uma emocionante crônica de Drummond sobre o Marajó...: A MOÇA CONTOU Carlos Drummond de Andrade O Marajó é uma coisa fantástica, só você vendo... E depois de ver, é capaz de não acreditar. Você...
Uma emocionante crônica de DRUMMOND DE ANDRADE sobre o Marajó

quarta-feira, 10 de julho de 2013

A LENDA DA MULHER DE BRANCO

A lenda da mulher de branco
é uma lenda muito antiga
de uma mulher chamada Lourdes
jovem e muito bonita

De uma gravidez escondida
Lourdes veio a falecer
pois viveu os nove meses
sem nada a ninguém dizer

Há 60 anos atrás
as sociedades eram rigorosas 
e a desobediência trazia
consequências desastrosas

Com moças daquela época
ai de que a bolinasse,
morreria ou virava boi
se com a moça não casasse

As meninas mais medrosas
apelavam pra um aborto
e aquelas mais espertinhas
jogavam pras costas do boto

Cachoeira do Arari
influenciada por jesuítas
apesar da evolução
em muita coisa ainda acredita

Passou a idade da pedra,
passamos da ditadura
e ainda tem gente que amanhece
em cima da sepultura

Mas vamos lá aos relatos
é melhor não duvidar
vai que você marque touca
e um dia amanheça lá

São vários os acontecimentos
que por homens foram contados
geralmente as vítimas são
homens alcoolizados

"Um rapaz vinha da festa
às quatro da madrugada
quando avista um vulto
vindo pela estrada

O vulto é humano
parece ser de mulher
e o homem firma a vista
pra melhor ver quem é

Vestida toda de branco
com os cabelos compridos
impedindo a visão
de seu rosto indefinido

O rapaz ao aproximar-se
Vê tratar-se de uma moça
e por conhecer a lenda
pensa em fazer alguma coisa

Entrando em desespero
- Meu Deus que sorte a minha...
e puxou do cós da calça
uma minúscula faquinha

Atravessa-a na boca
mordendo-a fortemente
tentando afastar a moça
com a força de sua mente

Com as pernas muito bambas
sem forças para correr
O rapaz pega a sombra
de um poste pra se esconder

Assim que a moça passa,
o moço não espera mais,
sai em grande disparada
sem ao menos olhar pra trás

Mas às vezes caros leitores
as coisas não acabam assim
tem homens que não resistem
e com elas vão até o fim

Não sei se é conversa ou charme,
só sei que eles vão no gosto
e amanhecem nus na sepultura
com o sol batendo no rosto

Aí amigo, o desespero
é de parar o coração
o caboclo sai em disparada
"voando" com as calças na mão

Uma de suas aparições
foi na praça da Matriz
a mulher de branco procurava
mais um pobre infeliz

Foi no Finados de 2007
que o fato aconteceu
eram duas da madrugada
e foi um vigia que percebeu

O vigia estava sentado
em frente ao necrotério
e nunca pensou que a mulher
viesse do cemitério

Preocupado com a moça
até a praça caminha
pensando em alertá-la
à não andar mais sozinha

O vigia não percebeu
que estava tendo uma visão
e ao chegar perto, a moça
sumiu na escuridão

Seu cabelo arrepiou
apavorado quis correr
era a mulher de branco
que ele acabava de ver

Mantendo a calma, o vigia
ao seu trabalho voltou
e de manhã bem cedinho
aos seus amigos contou

A notícia vai de alastrando
a cada aparição
restando aos homens apenas
beber com moderação

Beber sem exagero
sem cometer impropério
pra não acabar amanhecendo
na pedra do cemitério

Às mulheres cachoeirenses
resta inveja e despeito
pois muitas não tem competência
de levar ninguém pro leito

Uma mulher misteriosa
que tem apenas como arma
a sedução escondida
no fundo de sua alma

Lourdes sofreu bastante
de amor e solidão
e hoje vive a vagar
em busca de uma paixão.

AUTORA: Ana Karina Paraense Viana, natural de Cachoeira do Arari, professora na Escola Municipal Adaltino Paraense, onde trabalha há 25 anos, ama teatro e tem projetos envolvendo a cultura de seu município.
Foto:Winchester Home

terça-feira, 25 de junho de 2013

REVOADA DOS GUARÁS

O guará é uma das mais belas aves do Brasil, mede cerca de 50 a 60 cm. Possui bico fino, longo e curvado para baixo.
A plumagem é um colorido vermelho muito forte, devido a sua alimentação à base de um certo tipo de caranguejo que possui um pigmento vermelho que tinge as suas plumas. Tem por hábito caminhar durante o dia, abrindo e fechando rapidamente o bico, que mantém mergulhado em águas rasas em busca do caranguejo maré-maré, seu alimento preferido.
Voa em bandos e formam seus ninhos na vegetação densa do mangue. É um verdadeiro espetáculo assistir a revoada dos guarás, e só o caboclo é capaz de descrever tamanha beleza, como Mestre Diquinho, na letra nesse carimbó, cujo título é Revoada dos Guarás, com o Grupo de Tradições Marajoara Cruzeirinho:

Venha ver, venha sentir
O vento forte do verão

Aninga está quebrada
Mururé seco no chão
Relva rasteira
Junco manso está dobrado
A taboca já tombou
E os meus olhos estão fitados
No mirante sedutor

Cheiro de mato
Da morena ipixuna
Vestida de brancas dunas
Das praias dos manguezais

Ôôô que bonito de se ver
O sol longe se esconder
É o dia que vai findar
E o céu, todo bordado de vermelho
Se reflete no espelho
Das águas do rio mar
Como é lindo,
Como é belo e fascinante,
Olhando desse mirante
A revoada dos Guarás

Sou teu velho guerreiro,
Eu sou índio brasileiro
Sou tua conta do teu colar
E o meu grito de guerra
É a natureza preservar

Ôôô - êêa
E o meu grito de guerra ´
É a natureza preservar
 Foto:Turismo China Town
*

segunda-feira, 17 de junho de 2013

CABOCL@RTES 48

QUEM DERA  - óleo em painel 40 X 50, título da poesia de Antonio Juraci Siqueira.
QUEM DERA...

Quem dera que o meu cantar
pudesse salvar a tarde
prendendo os raios do sol
na rede do anoitecer...

Quem dera que meu poema,
prenhe de sonho e emoção,
pusesse pão sobre a mesa
dos que tem fome de amor...

Quem dera que a minha pena
pudesse quebrar algemas
dos que vivem prisioneiros
pelo crime de sonhar... 

 

*






sexta-feira, 14 de junho de 2013

Proteja nossas florestas

http://ligadasflorestas.com.br/users/edit

CABOCL@RTES 47


Bolsa confeccionada em lona crua, tamanho 40 X 38, forrada, com bolso interno, zíper,  com pintura manual e  aplicação de flor de fuxico.
*
Informação: As abelhas pertencem à Ordem Hymenoptera assim como as vespas e formigas, e são classificadas como integrantes da Superfamília Apoidea e Anthophila.
Existem, em todo o mundo, cerca de 20.000 espécies de abelhas descritas e mais de 1500 no Brasil. No entanto acredita-se que o verdadeiro número de abelhas encontradas em todo o mundo seja bem maior.
Abelhas são muito importantes no processo
de reprodução sexuada dos vegetais.
Leia mais em www.brasilescola.com
Produção da bolsa: Kátia e Marli Braga
*

terça-feira, 11 de junho de 2013

Saiba mais sobre Cerâmica Marajoara

Cerâmica Marajoara

Entre o passado e o presente
A divulgação científica como meio de interação

A Arqueologia e os Museus
A memória preservada

A comunicação pela arte
Traços reveladores de significados

O museu que não se vê
O passado sob guarda...

E muito mais você vai tomar conhecimento nos seguintes links:




sexta-feira, 7 de junho de 2013

Instituto Peabiru - Projeto Casa da Virada - Agentes Ambientais

O Curso de Agentes Ambientais, do Instituto Peabiru, forma jovens estudantes, na maioria filhos de pescadores, que atuam como multiplicadores de atitudes de conservação da natureza. Com total de 200 horas/aulas, eles aprendem sobre manejo de manguezais e recursos hídricos, leis de proteção ambiental e a importância da floresta em pé. Esta ação de educação ambiental, faz parte do Projeto Casa da Virada, em Curuçá, no Pará, patrocinado pelo Programa Petrobrás Ambiental, da PETROBRÁS.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

SÃO SEBASTIÃO DA BOA VISTA - MARAJÓ - PARÁ

A Prefeitura Municipal de São Sebastião da Boa Vista, através da Secretaria Municipal de Assistência Social em parceria com o SENAI, estará promovendo o curso de Mecânica em Motocicletas. As vagas serão preenchidas através de processo seletivo com uma única prova que abrangerá conhecimentos de Língua Portuguesa e Matemática (Ensino Fundamental). A prova vai acontecer no dia 19/06/2013 às 10 horas em local a ser definido.
Estão disponíveis 150 inscrições divididas nos 3 turnos, destes 150, serão selecionados 48 que irão compor as turmas (18 alunos em cada turno - manhã, tarde e noite). O curso terá duração de 3 meses, com início no dia 01/07 e se estenderá até o mes de setembro. Para mais detalhes e informações os interessados deverão comparecer à Secretaria de Assistência Social, no período de 06 à 17/06.
Nossos agradecimentos ao vereador Antonio da Pesca (PP) que viabilizou junto ao Sr. Gerson Peres, presidente do SENAI-PA, para que o curso fosse disponibilizado ao município.


Foto: Semas Ssbv.