“A natureza está secando”: quilombo no Marajó vive impactos do arrozal e clima de violência

SEJAM TODOS BEM-VINDOS!

terça-feira, 26 de junho de 2012

CABOCL@RTES 31


Bolsa feita em retalhos, tamanho 40x44cm, com aplicação de flor e folha em tecido, acabamento com sementes regionais,motivo marajoara, bolso interno, alça em algodão  e fechamento com zíper.
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quinta-feira, 21 de junho de 2012

Trecho do livro: MARAJÓ de DALCÍDIO JURANDIR


"- Eu maltrato eles - referia-se aos bois - eles me chifram, me apostemam, me pisam. Mas quando embarcam, vão pro curro, eu sinto. É mea gente.
Rangiam as talhas e os bois se empinavam no ar, oscilavam e caiam debatendo-se no porão. Quando as reses espinoteavam no ar, a algazarra era maior. Pegavam no rabo o animal e arriavam os cabos."

Esta é uma descrição perfeita da foto acima, do barco Vicente José de Miranda, onde meu pai trabalhou por longos anos.

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Foto: Afonso Braga

sábado, 16 de junho de 2012

ITAGUARY o amor não morre - SAMUEL COSTA - poeta marajoara



ITAGUARY O amor não morre


     Era uma vez uma terra muito pouco conhecida chamada de mangabeira. Era uma Vila de casas.
     Nessa vila de casas morava uma família de pescadores, na qual havia uma linda moça chamada ITAGUARY. Ela era muito bonita: seus cabelos eram lisos, sua pele, morena; sim! ela era muito linda. Muito antes de nascer, numa conversa entre seu pai e um amigo, o primeiro disse: “se um dia minha mulher tiver uma filha e sua mulher tiver um filho homem eu dou a mão da minha filha em casamento para seu filho”-e foi o que aconteceu.
   Como força do destino nasceu ITAGUARY e Fernando; estes desde pequenos sabiam que eram, ou melhor, seriam noivos. Ita não gostava dele, mas Fernando gostava muito dela. Tanto ita quanto Fernando moravam às margens do rio Marajó- Açu, nesse rio aportou um navio que veio de Belém do Pará: era um navio da marinha grande,  bonito. Nesse navio vieram algumas pessoas entre as quais o comandante Eurico e seu filho João, muito belo, de pele clara e olhos azuis.
    Fernando gostava muito de Ita mas ela não gostava dele. E toda vez que Fernando ia até a casa de Ita, ela dava um jeito de fugir dele.
Certa vez Fernando apareceu na casa de Ita e esta pegou uma canoa que tinha em frente de sua casa no rio. Quando ela já estava remando avistou um navio, resolveu olhar de perto, quando ela chegou perto do navio ficou surpresa: foi convidada a subir; olhou pra ver quem era.
Como descaso do destino, Ita, no primeiro olhar se apaixonou pelo rapaz que estava no navio; ela subiu e ele lhe perguntou como era seu nome, a moça respondeu: ITAGUARY, porém me chamam mais de Ita, “meu nome é João”, disse o rapaz. Os dois passaram muito tempo conversando, e o tempo foi passando, pareciam amigos de longa data; Ita lhe contou a história do boto e João contou-lhe como era a cidade de Belém. E Ita disse: “ eu tenho que ir embora para casa, amanhã eu venho aqui como você”.
        Quando Ita chegou a casa foi surpreendida: Fernando ainda estava em sua casa, com seus pais. Eles vieram para marcar o casamento entre os dois, marcaram com uma semana o casamento, os pais de Fernando conversaram e acertaram tudo para o grande dia do casamento; feito isso, foram para suas casas. E Ita, impotente, concordou com o casamento.
      O dia se passou. No dia seguinte quando amanheceu Ita fez tudo o que tinha para fazer e estava muita pensativa, sua mãe disse: “até parece que você não está feliz com a idéia do casamento”, “o que é isso mãe! adorei a idéia” retrucou Ita.

    Ita resolve ir até o navio com João. No caminho Fernando a viu, ele iria caçar e resolveu ver aonde ela ia. Ita continuou a remar, quando chegou ao navio ela chamou  João, e ele a convidou a subir no navio, ela subiu.
Eles começaram a conversar, depois João disse: “ eu não dormi a noite pensando em você, eu te amo!” Eles começaram a se beijar. Fernando, vendo tudo isso, ficou com muito ciúme. De repente saca uma arma- a qual iria servir em suas caçadas- e atira para acertar João, mas acertou Ita que caiu nas águas; João pulou na água atrás dela, Fernando, com muito medo e remorso, suicidou-se. Desde a hora que Ita e João caíram na água nunca mais foram vistos, nem os corpos, nem o mais sutil resto mortal de seus corpos. Muitos dizem que o amor deles sobreviveu à morte, que nos dias de lua cheia eles fazem muitas pessoas se apaixonarem e aonde eles se encontram fica uma ponta de pedra. É, muitos acreditam que o amor deles deu força às águas da baia do Marajó.       
Desde o dia que tudo isso aconteceu a vila de Mangabeira ficou popularmente conhecida como ITAGUARY.
  “Cuidado que você pode se apaixonar...”    

quarta-feira, 6 de junho de 2012

CABOCL@RTES 30


Sacola confeccionada em lona crua e juta
Tamanho 38 x 35cm
Bolso interno com zíper
Pintura com tinta para tecido o BOI BUMBÁ, com aplicação de paetês, miçangas e rabo de rato, contorno com dimensional 3D
Alças em algodão cru, finalizadas com sementes regionais.

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terça-feira, 5 de junho de 2012

CABOCL@RTES 29


Painel 70x50, pintura com  motivos ornamentais da cerâmica marajoara, com aplicação de sementes regionais, corda de sisal e acabamento com trançado de palha.

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