“A natureza está secando”: quilombo no Marajó vive impactos do arrozal e clima de violência

SEJAM TODOS BEM-VINDOS!

sábado, 28 de abril de 2012

CABOCL@RTES 25


MUIRAQUITÃ - óleo sobre tela 40 x 60

A lenda do muiraquitã

Antigamente havia uma tribo de mulheres, as  ICAMIABAS, que não tinham marido e não deixavam ninguém se aproximar de sua taba. Manejavam o arco e a flecha com uma perícia extraordinária. Parece que IACI, a lua, as protegia.

Uma vez por ano recebiam em sua taba os guerreiros GUACARIS, como se fossem seus maridos. Se nascesse uma criança masculina, era entregue aos guerreiros para criá-lo; se fosse uma menina, ficavam com ela.

Naquele dia especial, pouco antes da meia-noite, quando a lua estava quase a pino, dirigiam-se em procissão para o lago, levando nos ombros potes cheios de perfumes que derramavam na água para o banho purificador.

À meia-noite, mergulhavam no lago e traziam um barro verde, dando ao material formas variadas: de sapo, peixe, tartaruga e outros animais. Mas é a forma de SAPO a mais representada por ser a mais original.

Elas davam aos GUACARIS, que traziam pendurados em seu pescoço, enfiados numa trança de cabelos das noivas, como um amuleto. Até hoje acredita-se que o MUIRAQUITÃ traz felicidade a quem o possui, sendo, portanto, considerado como um amuleto da sorte.

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quarta-feira, 25 de abril de 2012

CARUANAS DO MARAJÓ - Documentário

TURISMO CONSCIENTE - MARAJÓ

TAMBA-TAJÁ - Lenda Amazônica


Na tribo Macuxi havia um índio forte e muito inteligente. Um dia ele se apaixonou por uma bela índia de sua aldeia. Casaram-se  logo depois e viviam muito felizes, até que um dia a índia gravemente doente e paralítica
O índio Mucuxi, para não se separar de sua amada, teceu uma tipóia e amarrou a índia às suas costas, levando-a para todos lugares em que andava. Certo dia, porém, o índio sentiu que sua carga estava mais pesada que o normal e, qual não foi sua tristeza, quando desamarrou a tipóia e constatou que sua esposa tão querida estava morta.
O índio foi à floresta e cavou um buraco à beira de um igarapé. Enterrou-se junto com a índia, pois para ele não havia mais razão para continuar vivendo. Algumas luas se passaram. Chegou a lua cheia e naquele mesmo local começou a brotar na terra uma graciosa planta, espécie totalmente diferente e desconhecida de todos os índios Macuxis.
Era a TAMBA-TAJÁ, planta de folhas triangulares, de cor verde escura, trazendo em seu verso uma outra folha de tamanho reduzido, cujo formato se assemelha ao órgão genital feminino. A união das duas folhas simboliza o grande amor existente entre o casal da tribo Macuxi.
O caboclo da Amazônia costuma cultivar esta curiosa planta, atribuindo a ela poderes místicos, Se, por exemplo em uma determinada casa a planta crescer viçosa com folhas exuberantes, trazendo no seu verso a folha menor, é sinal que existe muito amor naquela casa.
Mas se nas folhas grandes não existirem as pequeninas, não há amor naquele lar. Também se a planta apresentar mais de uma folhinha no seu verso, acredita-se  então que existe infidelidade entre o casal. De qualquer modo, vale a pena cultivar em casa um pezinho de TAMBA-TAJÁ.

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Fonte: net

quarta-feira, 18 de abril de 2012

terça-feira, 17 de abril de 2012

O vaqueiro Boaventura - lendas e visagens de Soure - Márcio Vitelli

 
O Boaventura era um vaqueiro da fazenda "São Sebastião". Ele tinha um grande amigo, o Merandolino, mais conhecido como Merá. Eles estavam sempre juntos nas festas, nas bebedeiras e no comércio do Miguelão.
Certo dia, Boaventura estava com os companheiros de trabalho, quando atravessou o lago Piratuba, pertencente à mesma fazenda. Naquela oportunidade, ele desapareceu misteriosamente nas águas do lago. Três anos após seu desaparecimento, Merá cavalgava pelos campos marajoaras, ainda recordando do amigo sumido, quando se espantou com uma voz pronunciando seu nome vindo de um homem que dizia ser o Boaventura. Ele estava parado na sua frente, nu da cintura para cima, com um chapéu de grandes abas escondendo seu rosto. Boaventura montava seu cavalo baio. Os arreios eram tão bem cuidados que as argolas brilhavam muito. Dai em diante, eles passaram a se encontrar.
Boaventura quis ajudar o amigo e ofereceu uma "botija" cheia de jóias que estava enterrada, mas, Merá não aceitou. Mesmo tendo encontrado todas as pistas de locolização do tesouro dos finados colonizadores (naquela época não havia banco) Merá não quis o presente porque, se aceitasse, partiria de Soure para sempre e sofreria terrível maldição.
Muitos anos depois Merá morreu. Enquanto o pessoal da fazenda velava o corpo, viu chegar um rapaz que não saudou ninguém. Ele ficou parado na porta, olhando firme para o corpo do falecido. Depois, se afastou e desapareceu. Os presentes no velório diziam que era o Boaventura que se despedira do amigo.
No aterro do lago Piratuba existe um cajueiro. Em suas raízes há uma poça d'água que nunca seca. Dizem ser ali a morada do vaqueiro encantado. E quem apanhar um caju dessa árvore, sem lhe pedir licença, é atacado por centenas de cabas.
Até hoje os conterrâneos e visitantes que passam pelo portão da fazenda "São Sebastião" pedem licença ao vaqueiro encantado. Se não o fizerem, eles correm o risco de serem vítimas de alguma coisa ruim.
Boaventura exerce grande influência no cotidiano dos vaqueiros, principalmente quando eles perdem animais, logo lhe pedem ajuda, oferecem em troca alguns presentes, colocados no meio do campo. No dia seguinte os búfalos são encontrados presos no curral à espera do dono.

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Do Autor: Dilomeno Márcio Maués Vitelli - é caboclo marajoara nascido no município de Soure, é pedagogo, radialista, funcionário público e poeta.
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FOTO: Vaqueiro da Fazenda Tucunarézinho
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quarta-feira, 11 de abril de 2012

"Pensadores do Século XX" e "Jesuítas e Filosofias" - Padre Delmar Cardoso


Padre Delmar Cardoso, o primeiro padre Jesuíta Marajoara,de Cachoeira do Arari, fez o lançamento de seus livros intitulados: "Pensadores do Século XX" e "Jesuítas e Filosofias", ontem dia 10 de Abril de 2012, na Capela de Nossa Senhora de Lourdes, em nossa Capital. Contou com a presença de seus familiares e amigos, que foram brindados com um delicioso coquetel. Na madrugada, viajou rumo à Belo Horizonte.

PE. Delmar Cardoso, SJ, é professor e pesquisador do Departamento de Filosofia da FAJE, desde 2000. Atualmente, ensina História da Filosofia Antiga e Ética. Fez seu doutorado sobre Platão e publicou, por Edições Loyola, A alma como centro do filosofar de Platão(2006)

Parabéns PE. Delmar, que seu caminho seja sempre iluminado!! 



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segunda-feira, 2 de abril de 2012

Edição Crítica de CHOVE NOS CAMPOS DE CACHOEIRA - ROSA ASSIS


Esta edição crítica de Chove nos campos de Cachoeira, de Dalcídio Jurandir, recupera para a história e para a literatura o texto integral e correto do romance que inaugura o ciclo intitulado "Extremo-Norte". A autora, Rosa Assis, que é professora da UNAMA, vem desde os anos 70 estudando a obra do maior romancista da Amazônia. A partir de uma pesquisa nos dez títulos de Dalcídio ambientados na região amazônica, mais especialmente na Ilha de Marajó e nos bairros da periferia e subúrbios de Belém, cenário constante desses romances, ela já antes elaborou e publicou O vocabulário popular em Dalcídio Jurandir. Nessa mesma linha de trabalho, tem ministrado cursos, proferido palestras e escrito artigos para revistas e jornais, sempre focalizando a rica linguagem dalcidiana, da qual se tornou grande e sensível conhecedora.

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