“A natureza está secando”: quilombo no Marajó vive impactos do arrozal e clima de violência

SEJAM TODOS BEM-VINDOS!

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

CABOCL@RTES 22


Óleo sobre tela 70 x 110  -  Releitura de uma foto de Helly Pamplona

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

CABOCL@RTES 21


AFRICANA - Óleo sobre tela 40 x 90 com detalhes em dimensional dourado e preto.

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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

sábado, 11 de fevereiro de 2012

MARÉ DE SAUDADE - Antonio Juraci Siqueira


Carrego um rio em minha alma
que, às vezes, sem piedade,
faz transbordar suas mágoas
num turbilhão de saudade.

Camarão preso na grade
do matapi resistente,
assim também é a saudade
presa no peito da gente.

Saudade - lenço à distância
dobrando a curva da vida...
Saudade - traços da infância
em nossa mente imprimida...

A Inocência era menina
e eu, também , um curumim.
Ela, dengosa e ladina,
jogava versos assim:

"- Lá vem a garça avuando
cuma tesoura no pé
pra cortá a língua dos zome
que fala mar das mulhé!"

Um quati-mundé que via
seu orgulho machucado,
de poeta eu me vestia
e dizia, em pé quebrado:

"- Condo vim da minha casa
deixei um urubu cum fome
pra cumê as língua das mulhé
pra num falá mar dos zome!"

Por detrás do cachimbo fumegante
de barro e taquari, vovó cismava...
Ás vezes debulhava pensamentos
e de quando em vez abria a mala
do amor pra dizer coisas assim:

"- Joguei um buçu pra riba
que foi batê nim Belém:
deu na barca, deu na barra,
deu no peito do meu bem!"

Um dia com os olhos cheios
de tudo o que comungou,
fitando o passado um velho
 ribeirinho me falou:

"- A sodade é dô pungente
que deixa a gente mufino...

Sodade é bicho malino
bulino dentro da gente!..."


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Do livro: Canto Caboclo - Trilogia Amazônica
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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

DICIONÁRIO CABOCLÊS 6


- Meu mocotó tem hora qui num qué mi levá....
Minhas pernas, tem hora que eu não comando...

- A fome é a fraca, a modo que mi roi o estomo....
A fome é tanta, que me roe o estomago...

- Mas onti eu já amuntei naquele rusilhu, o peste tá coge mansu.
Mas ontem eu montei naquele rosilho, o peste tá quase manso

- Vucê é um puço dé buniteza...
Você é muito bonita...

- Vigie só inté a minha suspiração tá dificurtosa...
Veja só até a minha respiração está difícil....

- Quarqué estralu eu mi arribu....
Qualquer estalo eu corro....

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FOTO: Fazenda Tucunarezinho.
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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Ferra no Marajó


FERRA NO MARAJÓ

No curral o gado,
Na mão o laço,
Numa cabeça o laço gira,
Noutra cabeça o laço pára.

No chão o bezerro muge,
Na mão o ferro arde,
Na pele a dor que surge,
Neste triste fim de tarde.

O pelo queima, a pele fere,
Pelo ar um cheiro forte,
O bicho treme e geme,
Pensando que é a morte.

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Fonte: maisumescritorsemlivro.blogspot.com

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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O Cantinho do Gallo



ACERVO CULTURAL PE. GIOVANNI GALLO

Aqui onde morou Giovanni Gallo, prédio situado no bosque do Museu do Marajó, encontra-se em exposição, os objetos que lhes pertenciam. Para mim foi um momento muito especial e emocionante, pois pude tocar na maioria deles:






























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