“A natureza está secando”: quilombo no Marajó vive impactos do arrozal e clima de violência

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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Alvorada Amazônica - ANTONIO JURACI SIQUEIRA


ALVORADA AMAZÔNICA


I


Nada tem maior encanto 
que uma alvorada amazônica!
nenhuma orquestra sinfônica
tem sons com tanto quebranto!
Tampouco existe, eu garanto,
tons que retrate a alegria
com mais beleza e poesia!
E, nesse quadro tão belo,
o sol é um cravo amarelo
nas mãos rosadas do dia!


II

Alvorada! Deus, sorrindo,
abre a porta do céu
e se vê, nesse painel
um leque de luz se abrindo
e um grande clarão surgindo!
E então, na loura avenida,
chega o sol, guardião da vida,
que, em favor da humanidade,
vem roubar a castidade 
da manhã recém-nascida! 


III

Tudo é magia e beleza
quando finda a madrugada
e o canto da passarada
engravida a Natureza
que expressa toda a grandeza
quando o sol, com galhardia
a loira crina arrepia
e Deus, Pai Onipotente,
com suas mãos, docemente,
abre a porteira do dia!


IV

Morre a noite, nasce a aurora
com seu brilho radiante
e nesse preciso instante
em que as trevas vão embora
surge no céu, sem demora,
para cumprir seu afã,
com sua mão tecelã,
o sol, rendeiro celeste,
e, com véu dourado, veste
os seios nus da manhã!


V

Muge o boi, canta o socó
tudo se veste de encanto
quando o sol estende o manto
nos campos do Marajó!
O rio, a mata, o igapó,
a praia.....Tudo reluz
na alvorada e me seduz
ver, nessa incrível aquarela,
que o olhar de Deus se revela
entre cascatas de luz!

*****

Salve o poeta marajoara Juraci Siqueira!!!



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