“A natureza está secando”: quilombo no Marajó vive impactos do arrozal e clima de violência

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sábado, 3 de setembro de 2011

Maré Urbana V - CACHOEIRA DO ARARI



Nesse rio sem memória
sem cachoeiras e araras
bóiam lendas e lembranças
nas marés do deus-dará
onde Alfredos e Eutanázios
espiam o tempo a vazar...

Nesses tesos canta um Gallo
contando a saga ancestral
aprisionada nos cacos
coloridos de cerâmica,
histórias de amor e luta,
de renúncia e solidão.

Nesses campos morrem sonhos
entre mitos desterrados,
junto a bois, piramutabas,
marrecos e tamuatás
nos braços nus da esperança
à espera do nunca mais...

*****

*Do livro Marés - poemas de argila e sol
Autor: ANTONIO JURACI SIQUEIRA

*****


2 comentários:

  1. Sumano dos mais lindos cantadores
    o Poeta Marajoara Antonio Juraci
    da Academia Brasileira dos trovadores
    é um Afuaense companheiro do Açaí

    Jetro

    Este teu Blog é um Encanto pra um
    também caboclo marajoara como eu,
    fã da menina Marli, sumana minha

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  2. Parente! Tu me deixaste muito contente!
    Caboclo poeta, rimando com muita arte
    versando pra outro poeta, marajoara como a gente!
    Salve Jetro e Juraci que dessa rima fazem parte!
    Obrigada sumano meu!

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